Histórico

            O Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal nos Trópicos (PPGCAT) foi implantado em dezembro de 1999, com o nome de Programa de Pós-graduação em Medicina Veterinária Tropical, com nível de mestrado, pelos professores fundadores Profa. Dra. Maria Angela Ornelas de Almeida, Prof. Dr. Carlos Roberto Franke, Prof. Dr. José Eugênio Guimarães e Prof. Dr. Alberto Lopes Gusmão, todos pertencentes ao quadro docente da Universidade Federal da Bahia.

            A primeira turma de estudantes do mestrado ingressou no ano 2000, com apenas quatro discentes, e a primeira dissertação do Programa foi concluída em 2002, intitulada “Avaliação da dinâmica folicular da cabra (Capra hircus) através da ultrassonografia transretal”, de autoria do discente Augusto Magnavita de Mello Filho, sob orientação do Prof. Dr. Alberto Lopes Gusmão. Desde então, o Programa se orgulha de ter titulado cerca de 275 profissionais em nível de mestrado, entre os anos de 2002 e 2019, o que nos remete a uma média aproximada de 16 mestres titulados anualmente, nesse período.

            Em 2004, a denominação foi modificada de “Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária Tropical” para “Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal nos Trópicos” (PPGCAT) por contemplar outras ciências como Farmácia, Biologia e Zootecnia. Ademais, em 2005 e 2006 foram iniciadas pesquisas na área da Saúde Animal com animais silvestres e carnívoros domésticos, respectivamente.

            A partir da ascensão do seu corpo docente, em 2008 foi aprovado pela CAPES o curso de doutorado, com o ingresso de oito estudantes. A primeira tese foi defendida em junho de 2011 pelo pós-graduando Raimundo Luiz Nunes Vaz da Silva, sob orientação do Prof. Dr. Ronaldo Lopes Oliveira, tendo como título “Torta de dendê, oriunda da produção de biodiesel, no suplemento de vacas em lactação a pasto”. Desde então, este curso se apresenta como uma importante opção para os profissionais da Bahia e demais estados do Nordeste brasileiro, os quais defendem seus mestrados e desejam permanecer nesta região. Assim, o Programa já titulou 77 doutorandos entre 2009 e 2019, o que remete a uma média de 7,85 doutores por ano.

            No que tange às avaliações da CAPES, o Programa foi classificado com conceito 3 entre 2000-2008. A partir de 2009, obteve o conceito 4, e após a última avaliação quadrienal (2013-2016), ascendeu ao conceito 5. Assim, pode-se dizer que desde sua implantação até o presente período, o PPGCAT cumpre sua missão, adaptando-se aos critérios de sua área no Sistema Nacional de Pós-graduação e às demandas da região onde se insere.

            O Programa possui apenas uma área de concentração, denominada Saúde Animal, que apresentava, até o triênio (2010 - 2012), duas linhas de pesquisa, "Saúde e Epidemiologia" e "Produção e Reprodução Animal". A proposta de modificação dessas linhas ocorreu ainda em 2012. Naquela ocasião, os docentes que atuavam na área de Produção Animal estavam como membros permanentes em dois programas de pós-graduação, devido à criação do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da UFBA, no ano de 2011. Esses docentes encontravam-se divididos entre as demandas dos dois Programas e sobrecarregados de atividades. Isso os levou a discutir sobre a continuidade da linha “Produção e Reprodução Animal” no PPGCAT, o que culminou com o encerramento da linha. Este fato foi indicado à CAPES no relatório do Programa referente ao ano base de 2012. A necessidade de alteração das linhas foi observada até mesmo pelos avaliadores da CAPES na última trienal, os quais indicaram como positiva a proposta de reformulação das linhas de pesquisa.

            Após discussão sobre a linha de Saúde e Epidemiologia, os docentes concluíram que essa linha estava muito ampla, assemelhando-se a uma área de concentração. Logo, era necessário reformulá-la também. A proposta aceita por todos levou à criação das linhas de “Doenças Infecciosas” e “Patologia, Clínica e Cirurgia”. O único problema que ainda precisava ser resolvido era a situação dos docentes que desenvolviam estudos no âmbito da reprodução animal e que não teriam linha de atuação após o encerramento da linha “Produção e Reprodução Animal”. A sugestão aceita por todos foi a criação de uma terceira linha, chamada “Produtos e Processos Biotecnológicos”. Essa linha, não só atenderia aos docentes que são da área de reprodução, como também a docentes que desenvolvem pesquisas relacionadas indiretamente com a Medicina Veterinária, a exemplo dos estudos relacionados a novos fármacos e produtos com potencial uso na área médica.

            Do exposto acima, a partir de 2013, o Programa passou a manter três linhas de pesquisa, a saber: Doenças Infecciosas; Patologia, Clínica e Cirurgia; e Produtos e Processos Biotecnológicos. Em 2016 foi proposto pelos professores da linha de doenças infecciosas, analisado e aprovado pelo colegiado do PPGCAT, a inserção da palavra parasitárias ao nome da linha. Esta solicitação foi justificada pela orientação contínua de estudantes nesta área, assim como, por publicações envolvendo parasitos de interesse em medicina veterinária e em saúde pública, de forma ininterrupta, desde o ano de 2005. Após aprovação da CAPES, a linha passou a se chamar Doenças Infecciosas e Parasitárias.

Português, Brasil